POR FIDELIDADE À FÉ
E AO PAPADO, RESISTIMOS.
Marcos Luiz Garcia
Blog Resistir na Fé
O explícito apoio e
estímulo dado no Vaticano pelo Papa Francisco ao Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terra (MST - Via Campesina), cujos membros são conhecidamente
comunistas, invasores de terras, violentos destruidores de bens alheios
legítimos, que há décadas vêm tentando realizar sem sucesso uma Reforma Agrária
baseada em princípios opostos à doutrina católica, principalmente no que tange
à propriedade privada, causou-me, e a muitos, uma imensa perplexidade!
Sempre fui
anticomunista em razão de minhas convicções católicas. É porque católico, é em
nome dos princípios católicos, que sou anticomunista. Aliás, muitos católicos
são como eu.
Diante do apoio
claro dado por Francisco ao ultra esquerdista Movimento dos Trabalhadores
Rurais sem Terra, nós, católicos anticomunistas, ficamos num dilema: como
explicar nossa posição enquanto católicos?
Nossa atuação fica sujeita a uma objeção supremamente embaraçosa: a ação
anticomunista que efetuamos não conduz a um resultado precisamente oposto ao
desejado pelo Vigário de Jesus Cristo?
Inspiro-me no
profético manifesto de Plinio Corrêa de Oliveira, escrito em 1974, diante da
catastrófica política de Paulo VI de distensão com os governos comunistas.
“Cessar a luta, não
o podemos. E é por imperativo de nossa consciência de católicos que não o
podemos. Pois se é dever de todo católico promover o bem e combater o mal,
nossa consciência nos impõe que defendamos a doutrina tradicional da Igreja, e
combatamos a doutrina comunista.
“O mundo
contemporâneo ressoa por toda parte com as palavras "liberdade de
consciência". São elas pronunciadas em todo o Ocidente, e até nas
masmorras da China... ou de Cuba. Muitas vezes essa expressão, de tão usada,
toma até significados abusivos. Mas no que ela tem de mais legítimo e sagrado
se inscreve o direito do católico, de agir na vida religiosa, como na vida
cívica, segundo os ditames de sua consciência.’
“Sentir-nos-íamos
mais agrilhoados na Igreja do que o era Soljenitsin na Rússia soviética, se não
pudéssemos agir em consonância com os documentos dos grandes Pontífices que
ilustraram a Cristandade com sua doutrina.’
“A Igreja não é, a
Igreja nunca foi, a Igreja jamais será tal cárcere para as consciências. O
vínculo da obediência ao Sucessor de Pedro, que jamais romperemos, que amamos
com o mais profundo de nossa alma, ao qual tributamos o melhor de nosso amor,
esse vínculo nós o osculamos no momento mesmo em que, triturados pela dor,
afirmamos a nossa posição.’
“Neste ato filial,
dizemos ao Pastor dos Pastores: Nossa alma é Vossa, nossa vida é Vossa.
Mandai-nos o que quiserdes. Só não nos mandeis que cruzemos os braços diante do
lobo vermelho que investe. A isto nossa consciência se opõe.’
“Sim, Santo Padre –
continuamos – São Pedro nos ensina que é necessário "obedecer a Deus antes
que aos homens" (At. V, 29). Sois assistido pelo Espírito Santo e até
confortado – nas condições definidas pelo Vaticano I – pelo privilégio da
infalibilidade. O que não impede que em certas matérias ou circunstâncias a
fraqueza a que estão sujeitos todos os homens possa influenciar e até
determinar Vossa atuação. Uma dessas é – talvez por excelência – a diplomacia.
E aqui se situa a Vossa política de distensão com os governos [e líderes]
comunistas.
“Aí o que fazer? As
laudas da presente declaração seriam insuficientes para conter o elenco de
todos os Padres da Igreja, Doutores, moralistas e canonistas – muitos deles
elevados à honra dos altares – que afirmam a legitimidade da resistência. Uma
resistência que não é separação, não é revolta, não é acrimônia, não é
irreverência. Pelo contrário, é fidelidade, é união, é amor, é submissão.

“E nisto encontra
paz nossa consciência.
“Resistir significa
que aconselharemos os católicos a que continuem a lutar contra a doutrina
comunista com todos os recursos lícitos, em defesa da Pátria e da Civilização
Cristã ameaçadas.
“Resistir significa
que jamais empregaremos os recursos indignos da contestação, e menos ainda
tomaremos atitudes, que em qualquer ponto discrepem da veneração e da
obediência que se deve ao Sumo Pontífice, nos termos do Direito Canônico.”
Isso posto,
recordamos aqui que Nossa Senhora nos advertiu em Fátima explicitamente contra
os erros da Rússia, ou seja, do comunismo. Portanto, favorecer, estimular,
encorajar, apoiar de qualquer maneira o comunismo é desobedecer frontalmente a
Nossa Senhora.
Lembramos ainda a
imensa quantidade de documentos pontifícios condenando o comunismo, peças do Magistério
da Igreja inspiradas na coerência doutrinária bimilenar da Igreja, assistida
pelo Espírito Santo, que poder algum pode ignorar ou invalidar.
Nossa atitude de
Resistência é a expressão sincera e firme de nossa fidelidade inabalável a
Deus, à Sua Santa Igreja e ao Vigário de Cristo na terra, abarcando todos os
temas que se inserem nas circunstâncias descritas acima.
Conscientes da
imensa crise que atinge a humanidade, especialmente nossa Santa Igreja,
continuaremos nossa luta pacífica e legal, tendo sempre presente no espírito
que, quaisquer que sejam as perplexidades que nos envolvam, manteremos nossa fé
indefectível na promessa de Nosso Senhor Jesus Cristo de que as portas de
inferno não prevalecerão contra a Santa Igreja Católica Apostólica Romana, Sua
única Igreja verdadeira.