Amor sem limites à
Cátedra de São Pedro
Extratos do "Santo do Dia" de 17 de
janeiro de 1966
Plinio Correa de Oliveira
É por um desígnio soberano de Deus que a cidade de Roma foi escolhida
para ser a cidade do Papa. Era uma cidade estratégica, onde o benefício da
salvação podia tomar-se mais geralmente conhecido. Daí vem a celebração da
Cátedra, que se trata de venerar. Posta no ponto nevrálgico e no centro de
influência do mundo, a Cátedra “inoculou” a regeneração católica, a verdadeira
fé, e disseminou a Igreja.
Quando se fala de Cátedra de
São Pedro, alude-se naturalmente ao móvel que constitui essa cátedra. Na
Igreja de São Pedro há uma cátedra de bronze, feita por Bernini. Dentro
encontra-se o pequeno trono de madeira que São Pedro usava em Roma, e que até
hoje se conserva para veneração dos fiéis.
Simbolicamente, cátedra lembra poder, instituição, Papado, Pontificado.
Recorda a continuidade dessa instituição mantida por tantos homens, tão
diferentes, que a têm ocupado. Lembra o supremo governo da Santa Igreja
Católica, Apostólica, Romana, lembra a cabeça da Igreja. Se as vicissitudes
humanas podem dar-lhe brilho maior ou menor, ou até rodeá-la de trevas, essa
Cátedra é sempre a mesma. E o supremo governo da Igreja é a sua Cabeça, que
sobretudo deve ser amada quando se ama a Igreja.
Portanto, nosso amor à Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana — que é
um amor absolutamente sem limites e acima de todas as coisas da Terra — deve
incidir especialmente sobre o Papado e a Cátedra de São Pedro, qualquer que
seja o seu ocupante. Porque esse é Pedro — a quem foram dadas as chaves dourada
e prateada (símbolos do poder espiritual e temporal) — a quem nós, em espírito,
osculamos os pés, como expressão de homenagem e de adesão, porque em relação à
Cátedra de São Pedro nosso amor, nossa obediência e veneração absolutamente não
têm limites. Eis o que é especialmente conveniente acentuar sobre a Cátedra de
São Pedro.
( Retirado da Seção "Excertos",
da revista "Catolicismo"
Nº 710, fevereiro de 2010
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